A Anatel, agência reguladora de telecomunicações no Brasil, autorizou o governo, por meio de equipamentos das Forças Armadas, a bloquear chamadas de telefones móveis quando e onde julgar necessário.
A autorização, inicialmente direcionada aos jogos olímpicos de 2016, em tese só se aplica aos casos de emergência e grande risco. Mas, isso abre “brechas”, já que o entendimento sobre o RISCO é quase sempre derivado de visões subjetivas.
Além dos Jogos Olímpicos, a nova regra pode ser usada para as operações de GLO (Garantia da Lei e da Ordem).
Em países como o Paquistão é comum que, após relatórios de inteligência informarem da possibilidade de atentados, a telefonia móvel seja interrompida.
No momento atual vivido pelo Brasil, teme-se que uma norma desse tipo possa ser utilizada para prejudicar manifestações contrárias ao governo, com a justificativa, nem sempre comprovável, de que há suspeita de ações criminosas.
Terrorismo, Garantia da Lei e da Ordem e bloqueio de celulares, os dois lados da questão.
A medida é discutível, em momentos críticos os profissionais de segurança tendem a tentar interromper a comunicação entre membros de grupos terroristas. Contudo, após momentos de grande crise é comum surgir relatos de pessoas que prestaram informações relevantes à polícia e outras que foram salvas justamente porque NÃO HOUVE bloqueio de celulares.
A referida aprovação segue a mesma linha da proibição aplicada ao WhatsApp, que cortou o aplicativo de mensagens no país por 48 horas em dezembro de 2015, depois que a empresa administradora descumpriu uma ordem judicial.
A informação embora divulgada pela ANATEL, não foi ainda amplamente distribuída no Brasil.
Mas, foi mencionada em grandes jornais do planeta, como El Pais. Acredita-se que a sociedade cada vez mais se posiciona contra a intromissão do GOVERNO FEDERAL na vida civil e que por isso a informação de que teria o poder para interromper comunicações interpessoais poderia acabar derrubando mais ainda a credibilidade de DILMA ROUSSEFF, ao mesmo tempo que apimentaria a discussão sobre os limites do poder público sobre a vida privada e comunicações interpessoais.
Fonte:
Essa foi a matéria que eu achei interessante trazer hoje, como viram o governo pretende corta a comunicação nos jogos olímpicos em "casos de emergência e grande risco", mas o que seria esse grande risco? Cortar a comunicação não seria uma espata de dois gumes, não prejudicaria alguma vítima a achar socorro em caso de emergência ou algo do tipo? Ou partindo para as teorias da conspiração mais extremistas, seria um jeito de isolar um bom número de pessoas em um determinado local sem contato com o mundo, sem acesso a comunicação móvel e internet? Pensem, onde seria o melhor lugar para manter um grande numero de pessoas em "reclusão" em caso de um ataque, ou em "quarentena" em caso de algum vírus? Claro, são apenas suposições, mas que não podemos deixar de analisar.
Deixem ai nos comentário o que vocês acham sobre esse assunto, é apenas medida preventiva ou tem algo mais no meio disso?
0 Comentários