Ataques coordenados aterrorizam Paris e deixam ao menos 153 mortos
Ataques deixam dezenas de mortos na capital da França, que está em estado de emergência e com as fronteiras fechadas
Ataques com tiros e explosões deixaram ao menos 153 mortos em Paris, na pior violência a atingir a França desde a Segunda Guerra (1939/1945) e apenas dez meses depois da carnificina no semanário satírico Charlie Hebdo.
De acordo com fontes policiais, 11 pessoas foram mortas em um restaurante francês no 10º distrito de Paris, enquanto outras três morreram na explosão de bombas do lado de fora de um estádio de futebol.
O número de mortos na Bataclan, que abrigava um show de heavy metal do grupo Eagles of Death Metal, surgiu após forças de segurança lançarem uma ação no local, onde pessoas tinham sido feitas reféns.
De acordo com o Itamaraty, dois brasileiros ficaram feridos nos ataques.
ESTÁDIO
De acordo com o policial Gregory Goupil, houve dois ataques suicidas e uma explosão perto do Stade de France, no norte de Paris, durante um amistoso entre França e Alemanha. As explosões, simultâneas, aconteceram perto de duas entradas e de um McDonald's.
Hollande acompanhava a partida no estádio, onde um repórter da Associated Press afirmou que as explosões foram tão altas que se sobrepuseram ao grito dos torcedores.
Os ataques aconteceram num momento em que a França aumentou as medidas de segurança para a conferência do clima, que começa em duas semanas, pelo temor de protestos violentos e de potenciais ataques terroristas.
Em pronunciamento, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse ter oferecido ajuda e suas condolências às autoridades francesas. Ele prometeu continuar em cooperação com a França para combater o terrorismo.
"Este não é um ataque só a Paris ou à França, mas um ataque à forma como pensamos e aos valores que dividimos. Lembremos neste momento de tragédia que os valores da liberdade, da igualdade e da fraternidade são valores que nós compartilhamos."
CHARLIE HEBDO
Emilioi Macchio, de Ravenna (Itália) tomava uma cerveja na esquina do restaurante Carillon, quando o tiroteio começou. Ele contou não ter visto nenhum atirador ou nenhuma vítima, mas que se escondeu em uma esquina e então fugiu.
"Pareciam fogos de artifício", disse.
A França tem estado sob tensão desde os mortíferos ataques de extremistas islâmicos, em janeiro, contra o semanário satírico e um supermercado kosher, que deixaram 17 mortos.
Le Carillon, um dos dois restaurantes que foram atacados nesta sexta, está no mesmo bairro dos escritório do "Charlie Hebdo", assim como a Bataclan.
O Exército francês vem bombardeando alvos do Estado Islâmico na Síria e no Iraque e combatendo extremistas na África. Grupos extremistas frequentemente ameaçaram a França no passado.
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