Liderança de caminhoneiros diz que grupo não abre mão de pedido de impeachment
Matéria publicada no site JCNET.COM.BR, no dia 12 de novembro, segue:
Uma das lideranças dos caminhoneiros em greve, Ivar Schmidt diz que o grupo não abre mão do pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, e afirma que não vai deixar de fazer os bloqueios para abrir um diálogo com o governo federal. Integrante do Comando Nacional dos Transportes (CNT), grupo que organiza os bloqueios nas estradas desde a última segunda-feira, 9, ele participou hoje de reunião da Comissão da Agricultura que aprovou a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que ele preste esclarecimentos sobre as ações do governo frente as paralisações.
O caminhoneiro admitiu que a edição da MP, no entanto, fez parte do movimento recuar, mas garantiu que os caminhoneiros vão voltar nesta quinta para as ruas. Segundo ele, a publicação dessas normas mais duras deu a eles o apoio da população. "O movimento não vai acabar. Não temos como continuar a trabalhar. O governo não atendeu nenhuma reivindicação do primeiro movimento", disse. "Não iniciaríamos uma nova greve se eles nos tivessem atendido", afirmou.
Schmidt disse ainda que não há previsão de que os caminhoneiros façam um acampamento em Brasília, como ocorreu em março, nas primeiras manifestações. "Não vamos recuar nenhum passo. Não vamos retirar a questão do impeachment. Não suportamos mais o aumento de custos que estamos tendo com combustível, energia, alimentação. Não temos condições. Estou tentando fazer com que os parlamentares entendam que essa MP do governo é digna de uma ditadura", disse.
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