A França comunicou através do seu ministro para os Negócios Estrangeiros a convocação de 70 países para a realização de uma "Conferência para a paz no Médio Oriente" em Paris, para o próximo dia 15 de Janeiro.
Segundo as informações partilhadas, os líderes israelenses e palestinos serão convidados a se encontrarem separadamente no final desta conferência.
A França tem constantemente andado durante este ano a tentar soprar ar fresco para este processo de paz, conduzindo até uma conferência preliminar no passado mês de Junho em que representantes das Nações Unidas, da União Europeia, dos Estados Unidos e de alguns países árabes se reuniram para discutir propostas, contudo sem a presença de Israel e dos palestinos.
REAÇÃO ISRAELITA
O ministro israelita da Defesa, Avigdor Lieberman, criticou duramente esta conferência de Paris, que considera ser não uma "conferência para a paz", mas antes "um tribunal contra Israel."
Comparando o evento com o julgamento anti-semita do oficial judeu Alfred Dreyfus em 1894, em Paris, Lieberman condenou o timing do evento promovido por Paris para 5 dias antes da tomada de posse do presidente Donald Trump e 3 meses antes das eleições em França.
"Não é uma conferência para a paz, mas um tribunal contra Israel com a intenção de prejudicar Israel e o seu bom nome" - criticou Lieberman, acrescentando: "Não será apenas um julgamento contra Israel, mas um moderno julgamento Dreyfus. Veja-se como a França tem andado a votar contra nós. Sabemos qual o sentido e intenção da conferência. É mais um acréscimo ao sentimento anti-judaico atualmente vivido na França."
E, aproveitando para lembrar alguns dos recentes incidentes anti-semitas ocorridos na França, o ministro incitou mais uma vez os judeus franceses a partirem para Israel: "É tempo de partir."
Esperemos agora para ver.
Tal como já esperávamos, 2017 já começa mal...
0 Comentários